12 de jan. de 2010

A receita que só fez falta para mim

Na segunda-feira acordei psicologicamente preparado para ir ao oftalmologista. Pelo menos era o que eu achava. Achei o cartão que me garantiria um desconto na consulta. Mas ainda precisava encontrar a receita de meus óculos atuais. Normalmente guardo as coisas em algum lugar de fácil acesso e arquivamento lógico. Portanto, fui direto ao estojo de meus óculos, abri, e só encontrei um lencinho.

‘Incomum’, pensei. Abri a gaveta da mesa do computador onde costumo guardar documentos e papéis que poderiam ser jogados no lixo, mas penso que podem servir para algo e, assim, permanecem guardados.

Encontrei muita coisa, mas não o que procurava. Procurei no estojo de meus óculos antigos. Em minha mala. Na gaveta do balcão da cozinha. Foi minha mãe quem matou a charada (não sei como).

“Você não guardou naquela caixa junto com as notas de imposto de renda?”, perguntou.
“Nãããão...”, respondi de imediato.

Mas fui até a caixa de sapato onde guardei os tais documentos. E ali estava, bem fácil, a tal receita de meus óculos.

Satisfeito, fui com minha namorada ao oftalmologista. Ela também estava precisando consultar. O oftalmologista examinou seus olhos primeiro, enquanto eu observava a parafernália que ele tinha naquele consultório.

Quando chegou minha vez, peguei a carteira para mostrar a receita de meus óculos. Mas não a encontrava. Lembrava de ter dobrado o papel e colocado ali. Revirei a carteira. Derrubei documentos.

“Não faz mal, me dá aqui seus óculos que dá na mesma”, disse o médico.

Entreguei meus óculos e, enquanto ele examinava as lentes, continuei procurando. Devo ter suado, porque fiquei alguns minutos buscando o tal papel. Então ouvi uma voz que perguntou:

“O que você está procurando”?

Era o oftalmologista. Ele já tinha examinado as lentes de meus óculos, e anotado o grau das lentes.

“Ele continua procurando a receita”, disse a Pri, sem entender.
“Esquece a receita!”, disse o oftalmologista quase perdendo o controle e batendo com a mão fechada na mesa.

Depois, durante o lanche que nos serviu de almoço, comentei com a Pri que não me conformava de não encontrar a tal receita em minha carteira.

“Eu procurei tanto esse papel”, eu disse.
“Eu e o médico percebemos”, ela respondeu, irônica.
“Não... estou dizendo que procurei muito lá em casa. Deveria estar aqui...”

Abri a carteira, e encontrei a receita na mesma hora.
Talvez eu esteja trabalhando mesmo demais.
Talvez apenas precise de óculos.

6 comentários:

Anônimo disse...

oi Danilo!!

haha, ontem eu não achava o celular e ele estava na mesa, na minha frente !!

e essa do médico quase perder a paciência !! ele precisa de féééérias, ahahaha

bju,Tônia

Loolieeze disse...

o teu post me lembrou imediatamente da música da Alanis..."Isn't it ironic... don't you think?"

=D

Loolieeze disse...

ah, é Aline comentando... =D

BANDO DA LEITURA disse...

Que são longuinho e santa luzia te ajudem.Feliz 2010!

javAlisson disse...

hahaha, divertido... huaha

Dalton disse...

Talvez a carteira tinha um bolso camuflado, q nem a tua camiseta... Daí q vc não encontrou a receita antiga de primeira (HAHA)