Ontem vi uma reportagem (longa demais até) no Fantástico, falando sobre os riscos do álcool na hora de pilotar motos. De fato, é um risco. Mas, o que ninguém fala nessas matérias, nem em campanhas ou onde quer que seja, é que as pessoas têm organismos diferentes umas das outras. Conheço pessoas que tomam dez latas de cerveja e não ficam sequer alteradas. Outras tomam uma apenas e já estão trançando as pernas. Acho errado dizer que todos ficam embriagados ao beber uma quantidade X de cerveja. Deveria haver uma pesquisa aprofundada verificando essa teoria. Talvez assim, a carteira de motorista de cada pessoa poderia trazer um diferente índice de dosagem alcoólica permitida, de acordo com o organismo. Imagino que tal medição seria possível. Deveria, então, haver uma campanha para que as pessoas soubessem seus próprios limites. Quem sabe fosse mais coerente que a tolerância zero, e mais eficaz que tentar proibir totalmente, o que certamente será frustrante em termos de aplicação e de resultados.Quando eu era mais jovem achava estranho o fato de os mais
velhos se cumprimentarem com um “bom dia”, enquanto os de minha idade vinham
com “opa”, “bão”, “e aí”, “olá”. E me perguntava se, depois de ficar mais velho,
eu mudaria meus hábitos, ou se manteria os meus próprios e eles se tornariam,
com o tempo, hábitos velhos. Mas hoje notei que me acostumei ao “bom dia”, e
passei a cumprimentar as pessoas assim. Talvez porque aumentei meu
relacionamento com pessoas mais velhas que eu. Talvez apenas porque tenha
notado mais sentido em deseja ao outro que tenha um “bom dia”.
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Eu e a Pri estivemos no Guaragi no sábado, na pequena chácara
de dois lotes de meu pai. Ali ele sempre planta coisas que não tem em sua casa
no centro de Ponta Grossa, menos ainda na minha, que só tem espaço para um
minicactus (sou tipo o Pequeno Príncipe no planeta B-612). Aliás... hora de dar
um pouco de água pra ele.
Enfim, ganhamos algumas espigas de milho, e ontem quis
cozinhar. Como a Pri estava ainda cuidando da lavanderia, onde tinha lavado uma
porção de roupas, fui tratar do milho. Era a primeira vez que eu fazia isso
sozinho, e fiquei impressionado com a perfeição das “embalagens”. Várias
camadas de folhas bem verdes envolvem a espiga, onde estão os grãos perfeitos e
intactos. A natureza é incrível.
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Tenho assistido ao seriado CSI na Record (TV Aberta), que voltou a exibir a primeira temporada. Estou positivamente surpreso com a qualidade dos episódios, em termos de roteiro, principalmente. Me fizeram recordar o quanto aprecio histórias de investigação criminal. Só que agora não me acho mais um detetive, apenas admiro a perspicácia dos personagens, sem me achar o mínimo disso. Eu me achava demais.
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Hoje cheguei à segunda metade de minhas férias. O tempo
passa voando. Estou certo de que chegarei ao dia 1º, voltando ao trabalho e
percebendo que não fiz metade do que tinha planejado. Ao menos terei escrito
este pouco no blog.
Um comentário:
Poderia-se começar uma campanha para mudar a relação das pessoas com o álcool reavaliando-se a supervalorização da cerveja e de outras bebidas nos comerciais transmitidos pela TV, que fazem pensar que é praticamente impossível relaxar e se divertir sem beber. O consumo de álcool em excesso faz bem para as grandes corporações que vendem o produto, né?
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