17 de jan. de 2012

O dia em que nos achar foi Missão Impossível


Talking Heads

Estive no supermercado há pouco e comprei um DVD do Talking Heads. Estava bem baratinho, algo como R$4,35, e fiquei curioso para conhecer as músicas do disco. Quem é Talking Heads? Engraçado você perguntar, pois comprei o DVD justamente para ter uma ideia um pouco mais clara sobre isso.

Há alguns anos eu estava no sebo sem procurar nada muito específico, e com tempo sobrando. E vi um disco de vinil com capa psicodélica desse grupo que eu nunca tinha ouvido falar. Ouvi no toca-discos da loja e achei legal. Consegui, logo depois, uma cópia do álbum em CD. Gostei muito do som do grupo, embora não compreenda suas letras. Não apenas porque estão em inglês e sempre tive dificuldades com o idioma, mas porque me parecem um tanto quanto obscuras em seu significado.

Bem, estou aqui ouvindo o DVD, pois as imagens são péssimas, feitas em 18 de dezembro de 1980, supostamente em Roma. Não dá pra ter certeza, pois a iluminação foi tão ruim que só é possível ver os primeiros componentes da plateia. Isso faz parecer um evento menor que o “Sexta às Seis”, não desmerecendo o programa cultural, apenas procurando uma comparação puramente quantitativa. Mas o som do disco é bacana.

Lembro que, logo que fiz a descoberta sobre o grupo, perguntei a meu amigo Ismael se ele conhecia o grupo.

- Já ouviu falar em Talking Heads?

E ele caiu na gargalhada. Pelo jeito, eu é que devia ter ouvido falar há bem mais tempo. O fato é que as pessoas têm a falsa imagem de que sou um poço de cultura repleto de citações que guardo apenas para mim. Mais tarde ele iria comentar com o nosso amigo Hélcio o fiasco de eu não saber quem era Talking Heads. Hélcio apenas fez silêncio, até hoje não sei se em respeito à minha ignorância, ou se porque ele também não lembrava quem era Talking Heads.

***

Missão Impossível

Fui com a Pri assistir ao filme Missão Impossível 4, ontem, no Shopping Total. Além de nós, apenas mais um sujeito na sala de cinema. Apesar disso, fizemos questão de desligar os celulares, um saudável hábito que temos sempre antes de iniciar o filme. O filme foi divertido, mas o susto veio quando saímos da escuridão do cinema. Meu celular marcava 16 chamadas não atendidas. Ligações do pai, da mãe, da avó da Priscila e um número desconhecido. Com certeza, pensei, algo de muito ruim tinha acontecido enquanto víamos o filme, para todos estarem tentando contato conosco. Pensei nas piores possibilidades, e liguei imediatamente para o pai da Pri, Clementino, antes que mais possibilidades viessem a minha mente.

Para minha surpresa, a mãe da Pri, Inês, só ficou assustada porque ligou em nossos celulares e não conseguiu nos encontrar nesse período. Quase acionaram toda a família na busca, julgando que algum acidente pudesse ter acontecido conosco. E eu que pensava que minha família tinha luxo comigo, agora vejo que a Pri também é o tesouro de sua família. O mais engraçado é que, durante o namoro, isso nunca aconteceu. Agora que moramos juntos, algo parece ter mudado.

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