6 de out. de 2009

Breve passeio até a “Cachoeira da Mariquinha”

Fez um dia agradável, mais uma vez, nesse domingo. E ali estava um bom motivo para não ficar em casa. Eu e minha namorada resolvemos conhecer um dos principais pontos turísticos da região: a “Cachoeira da Mariquinha”.

Tanque de combustível abastecido, protetor solar no porta-luvas e [ahá!] repelente de mosquito. Lá fomos nós, rumo ao desconhecido. Conhecíamos a direção, mas não a distância. Fica bem adiante da entrada para o Buraco do Padre, onde estivemos há algumas semanas. Um mundo além de Uvaranas, indo rumo a Itaiacoca, passando uma localidade de nome “Passo do Pupo”.

Fica para o leste.

Infelizmente, esse sujeito aqui esqueceu de observar o hodômetro, e por isso desconhece a quilometragem do ponto de origem até o destino. O fato é que não é possível dirigir muito rápido até lá. Na rodovia vai tranquilo, mas quando a gente pega a estrada de terra, surgem três verdades em nossa mente:

1 – Precisamos voltar antes de anoitecer, e torcer para que não chova, ou ficaremos encalhados aqui e teremos que sair em busca de um jipe ou trator.

2 – Com todas essas pedras, certeza que vai aparecer mais um risco na lataria do carro.

3 – Já que tamo, agora vamo! [ou, “se não aguenta, por que veio?”]

O rally até o local é animado. Mas é naquele estilo que importa mais chegar aos pontos pré-determinados no mapa, do que chegar antes de todo mundo. Não tínhamos mapa, e isso prejudicava um pouco. Especialmente quando encontramos o primeiro portão fechado, e nos perguntamos: será que é por aqui?

Desci para abrir o portão, que a Pri achou estar com cadeado, e felizmente não estava. Havia mais um pessoal vindo de carro logo atrás de nós, e perguntei ao motorista se ele já tinha vindo antes até a cachoeira. Foi ele quem me confirmou que estávamos no caminho certo.

Abri o portão, e passamos. O sujeito que vinha atrás parou o carro e fechou o portão. Algumas inscrições feitas a tinta no próprio portão deixam claro que é preciso manter os portões fechados.
Pouco tempo depois, novo portão. E um aviso: “A entrada custa R$ 4,00 por pessoa”. Mas nenhum ser humano para cobrar os oito reais. Passamos, e seguimos por uma estrada que parecia piorar a cada instante. Um solo às vezes arenoso, outras vezes barrento e liso, e na maior parte do trajeto poeirento.

Enfim, quase uma hora depois de nossa “largada”, chegamos ao local. Uma torneira para lavar as mãos e dois banheiros [ou “casinhas”, como preferir] para aliviar a bexiga... não necessariamente nessa ordem.

O carro ficou estacionado junto de outros (uns dez) que já estavam por lá. E seguimos pela trilha que iniciava logo ao lado. Antes de seguir o caminho a pé, é preciso atravessar as águas rasas e geladas do riacho que separa “estacionamento” e trilha. Isso dá uma ideia da temperatura das águas da cachoeira.

Recomendo ir com um tênis velho que você possa molhar e sujar à vontade. Fomos usando chinelos havainas e, depois de passar pelo riacho, os chinelos ficaram lisos, prejudicando a caminhada entre as rochas da trilha.

Há formações rochosas em volta, onde os visitantes gostam de tirar fotos. A trilha é de cerca de 800 metros, com altos e baixos. Ao final se ouve o som da cachoeira, onde já estão os outros turistas. Uns entram na água de roupa e tudo, outros levam roupa de banho, e os mais perdidos entram de cueca mesmo.

Demos uma olhada em volta, fazendo o reconhecimento, e fomos entrando na água gelada. Há pontos muito fundos, por isso é preciso caminhar devagar, e observar com cautela a profundidade. Contornando a cachoeira pelos locais mais rasos, e subindo devagar nas rochas muito lisas, é possível chegar até a queda d’água. Depois disso, ficamos com frio e nos preparamos para ir embora. Tínhamos ido mais para conhecer o lugar, do que ficar muito tempo por lá. Enfim...

Há uma pequena faixa de areia em torno do lago que se forma com as águas da cachoeira. A sugestão é ir no começo da tarde e fazer um lanche por ali [tomando o cuidado de não deixar lixo para trás], para somente mais tarde entrar na água.

Há quem prefira acampar. Acho que é possível, embora existam placas contraditórias, umas proibindo o acampamento, e outras cobrando pelo acampamento.

Aliás, na saída apareceu um pessoal para nos cobrar os quatro reais por pessoa. Mas suspeito que eram alguns turistas espertinhos que se fingiram de donos do lugar e levaram meus oito mangos... Acontece.

Fica a dica: Cachoeira da Mariquinha. Seguindo pela Avenida Carlos Cavalcanti toda vida, até pegar a rodovia. Segue em frente até ver uma entrada de chão de terra à direita. Tem uma placa nessa entrada, mas ela está meio escondida pela vegetação, então reduza a velocidade sempre que vir uma entrada à direita. E dirija devagar... curta o rally. Evitando dias de chuva.

3 comentários:

Danilo Kossoski disse...

Correção: Cachoeira da Mariquinha - nós fomos!

Tônia disse...

hhahahaha, plural !!

eu achei q fosse gratuito...........

mas vc foi dirigindo de havaianas? não é proibido?

abraço !!

Danilo Kossoski disse...

Fui dirigindo de tênis. Lá troquei por havaianas. Que que acha?