5 de out. de 2009

Incentivo para uma melhor reportagem

Coisa legal me aconteceu semana passada. Uma reportagem que fiz no ano passado foi contemplada no 23º Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia na categoria Jornalismo Científico. Uma matéria sobre a pesquisa com maçãs, que é desenvolvida há mais de vinte anos pela Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Foi uma das reportagens que mais gostei de fazer até hoje, por isso a inscrevi no prêmio. Acabou sendo a escolhida para o primeiro lugar, e isso me deixou mais animado do que quando passei no vestibular.

Normalmente, não sou de ficar me vangloriando quando algo assim acontece. Mas, dessa vez, vi no prêmio o reconhecimento de um trabalho que eu sabia que era bom. E recebi com alegria o cumprimento de amigos e colegas. Fiquei cheio de orgulho.

Até que, no final da semana, veio visitar o Jornal da Manhã o jornalista Eduardo Ribeiro – da Rede Record. Ele se graduou pela UEPG, e é considerado, provavelmente, o jornalista de maior sucesso dentre os que obtiveram diploma por essas bandas. Veio a PG dar palestra na faculdade Secal durante a Semana de Debates sobre Jornalismo.

Conheceu as instalações do jornal, cumprimentou os jornalistas na redação. E, quando estava indo embora, apareceu à porta da sala da diagramação, cumprimentou todos e me viu no canto, diante do monitor. “Vi você na capa do jornal...”, ele disse, se referindo à matéria que informava sobre o prêmio que eu tinha conquistado. “Uma foto grande...”, continuou. “É a ampliação da realidade.”, concluiu. Logo depois se despediu e foi embora.

E aquelas palavras breves, e sem nenhuma ofensa ou ironia perceptível, me fizeram pensar a respeito. Talvez não seja um prêmio tão grande assim. Uma reportagem premiada a nível estadual... mas quantos a leram, e quantos a lerão ainda?

A premiação tem mais valor para mim, do que para os leitores ou mesmo para o jornal no qual a matéria foi publicada. E, depois disso, o título do prêmio vai para meu currículo, e prêmio e reportagem voltam a ser esquecidos pela maioria das pessoas.

Enfim, isso não diminui minha satisfação ao perceber o reconhecimento que vem com o prêmio. Mas me faz pensar: é preciso fazer outras reportagens e trabalhos passíveis de receberem reconhecimento igual ou maior. Essa foi apenas uma das matérias que já escrevi, e outras virão ainda.

Que esse prêmio seja um lembrete para que eu não fique acomodado, mas busque fazer mais e melhor, e para que uma nova eventual premiação não seja mera ampliação da realidade.

Leia a matéria, publicada no antigo site do Jornal da Manhã: “Pesquisadores da UEPG buscam extrair o melhor das maçãs”

Um comentário:

N.C. disse...

Parabéns!

Também vi no jornal. Bacana!

E que estranho que é entrar aqui e não ver aquele layout amarelado de papel antigo, rs. Mas ficou bom igual...

Um abraço