A Pri na Praça central de Treze Tílias |
O nome pode soar estranho para a maioria das pessoas, mas trata-se de uma cidade com um potencial turístico impressionante, que é aplicado na prática de forma exemplar. O passeio, que ainda incluiria passagem pela Serra do Rio do Rastro (uma impressionante estrada que atravessa montanhas) e finalizaria no litoral, em Balneário Camboriú.
A Pri começava a selecionar hotéis e pousadas, quando tivemos a ideia de convidar nossos amigos Robison e Soraya para que nos acompanhassem. Aceitaram a sugestão, e partimos na manhã de domingo, dia 29 de dezembro de 2013, planejando passar o Réveillon na praia.
Flores que decoram a praça da cidade |
De volta à rodovia, seguíamos o carro do Robison e Soraya, que estava com um equipamento de GPS aparentemente mais aprimorado que o modesto aplicativo de meu celular. O tempo variava entre sol, chuvisco e neblina. Passava das 13 horas quando nos vimos em uma rodovia sem qualquer indicação confiável da chegada a Treze Tílias. Sabíamos estar perto, mas tudo que víamos eram morros e campos, sem nenhum sinal de habitação.
Finalmente, por volta das 13h30, surgiu a cidade, como num passe de mágica, por detrás dos morros verdes. O momento coincidia com o surgimento mais intenso do sol, e nos fez ver ruas limpas, casas de arquitetura característica europeia, jardins bem cuidados e a tranquilidade de um município com
aproximadamente 6 mil habitantes.
Cascata artificial que corta a praça da igreja matriz |
O nome da cidade é uma referência a um poema de mesmo nome (Die Dreizehnlinden), do poeta alemão Wilhelm Weber. A Tília é uma árvore de origem do Hemisfério Norte, que foi posteriormente trazida e plantada no município. Inclusive, há um parque que possui caminho com treze tílias saudando a passagem do visitante.
Outra marca do município, talvez a principal, é a Edelweiss. Uma flor branca existente nos Alpes, apelidada
de "Flor do Amor", pois diz a tradição que a flor nunca morre ou mancha, mesmo após colhida. Em quiosques de souvenires há várias dessas flores, em vários tamanhos, colocadas em molduras para venda.
'Castelino' - museu da imigração |
De lá, seguimos a um restaurante para almoçar, e depois fomos à pousada. No caminho, nos maravilhávamos com a arquitetura nas ruas principais. A Pousada Adler é, talvez, uma das mais simples que existem no lugar. A estrutura é razoável, mas o atendimento deixou a desejar. A recepcionista foi bastante brusca, ao informar que o local só abriria às 14 horas. Mais tarde, disse não ter recebido o comprovante de pagamento via e-mail (o qual enviamos com bastante antecedência, além de ter feito o pagamento na íntegra, quando era solicitado apenas 50%).
A cidade é representada em maquete |
Apesar disso, a cidade toda é bonita demais, de tem dezenas de atrativos turísticos. Tivemos que escolher alguns, já que ficaríamos apenas um dia. Visitamos o Museu da Imigração Austríaca, mais conhecido como "Castelinho", que foi a residência do fundador da cidade. Fomos ao Parque Lindendorf, que tem um lago com grandes peixes coloridos, uma trilha com pequeno zoológico, a cidade de Treze Tílias representada em miniatura, além de um restaurante muito agradável. Em um quiosque, compramos algumas lembranças. Ao sairmos, um músico tocava acordeom animadamente.
O tempo colaborava bastante conosco. Fazia um sol de rachar e, de vez em quando, para amenizar o calor, caía uma garoa. Em Treze Tílias também fomos ao Parque dos Sonhos, onde nos divertimos em um labirinto de árvores, cujo objetivo era chegar ao centro. Mas não nos aventuramos em uma fila enorme de pessoas para comprar sorvete.
Gente simpática e música típica no Parque Lindendorf |
Ainda na manhã de segunda-feira, dia 30, partimos de Treze Tílias, guiados pelo GPS rumo ao lar do lendário Corvo Albino. Mas essa é outra parte da história...
Um comentário:
Muito legal esse texto. Muito bem. É, eu li na Wikipédia esses dias sobre a Edelvais, também chamada pé-de-leão. Sabia? O sul do Brasil é realmente rico em cultura europeia!
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