Talking Heads
Estive no supermercado há pouco e comprei um DVD do Talking
Heads. Estava bem baratinho, algo como R$4,35, e fiquei curioso para conhecer
as músicas do disco. Quem é Talking Heads? Engraçado você perguntar, pois
comprei o DVD justamente para ter uma ideia um pouco mais clara sobre isso.
Há alguns anos eu estava no sebo sem procurar nada muito
específico, e com tempo sobrando. E vi um disco de vinil com capa psicodélica
desse grupo que eu nunca tinha ouvido falar. Ouvi no toca-discos da loja e
achei legal. Consegui, logo depois, uma cópia do álbum em CD. Gostei muito do
som do grupo, embora não compreenda suas letras. Não apenas porque estão em
inglês e sempre tive dificuldades com o idioma, mas porque me parecem um tanto
quanto obscuras em seu significado.
Bem, estou aqui ouvindo o DVD, pois as imagens são péssimas,
feitas em 18 de dezembro de 1980, supostamente em Roma. Não dá pra ter certeza,
pois a iluminação foi tão ruim que só é possível ver os primeiros componentes
da plateia. Isso faz parecer um evento menor que o “Sexta às Seis”, não
desmerecendo o programa cultural, apenas procurando uma comparação puramente
quantitativa. Mas o som do disco é bacana.
Lembro que, logo que fiz a descoberta sobre o grupo,
perguntei a meu amigo Ismael se ele conhecia o grupo.
- Já ouviu falar em Talking Heads?
E ele caiu na gargalhada. Pelo jeito, eu é que devia ter
ouvido falar há bem mais tempo. O fato é que as pessoas têm a falsa imagem de
que sou um poço de cultura repleto de citações que guardo apenas para mim. Mais
tarde ele iria comentar com o nosso amigo Hélcio o fiasco de eu não saber quem
era Talking Heads. Hélcio apenas fez silêncio, até hoje não sei se em respeito
à minha ignorância, ou se porque ele também não lembrava quem era Talking
Heads.
***
Missão Impossível
Fui com a Pri assistir ao filme Missão Impossível 4, ontem,
no Shopping Total. Além de nós, apenas mais um sujeito na sala de cinema.
Apesar disso, fizemos questão de desligar os celulares, um saudável hábito que
temos sempre antes de iniciar o filme. O filme foi divertido, mas o susto veio
quando saímos da escuridão do cinema. Meu celular marcava 16 chamadas não
atendidas. Ligações do pai, da mãe, da avó da Priscila e um número
desconhecido. Com certeza, pensei, algo de muito ruim tinha acontecido enquanto
víamos o filme, para todos estarem tentando contato conosco. Pensei nas piores
possibilidades, e liguei imediatamente para o pai da Pri, Clementino, antes que
mais possibilidades viessem a minha mente.
Para minha surpresa, a mãe da Pri, Inês, só ficou assustada
porque ligou em nossos celulares e não conseguiu nos encontrar nesse período.
Quase acionaram toda a família na busca, julgando que algum acidente pudesse
ter acontecido conosco. E eu que pensava que minha família tinha luxo comigo,
agora vejo que a Pri também é o tesouro de sua família. O mais engraçado é que,
durante o namoro, isso nunca aconteceu. Agora que moramos juntos, algo parece
ter mudado.