13 de jan. de 2011

Uma peça de museu no supermercado

Existem algumas coisas que poderíamos chamar de arcaicas, num mundo em que vários megabytes de informação são carregados em um equipamento do tamanho de uma unha. Por exemplo, há alguns meses comprei um CD para limpar drive de disco.

Sabe como é... o aparelho de som estava meio esquisito, não aceitava qualquer CD. Já estava rejeitando até os originais (e não estou falando dos Originais do Samba que, nada contra, mas não estão em meu acervo.

Coisa de louco o tal CD para limpeza. Você pinga duas gotas de um líquido especial, em um CD que vem no kit. Aí coloca no drive do disco, e fica ouvindo uma música clássica, enquanto o CD faz todo o resto, verificando o som e limpando o leitor ótico.

É estranho pensar nisso porque lembro que há 20 anos (sim, estou ficando velho), já existia algo muito parecido. Eram fitas cassete para limpar o “cabeçote” do toca-fitas do automóvel, por exemplo. Pingava-se a gota do líquido e deixava a fita rodar lá dentro.

Mais esquisito ainda foi me deparar com outro item, à venda no Supermercado Tozetto do Jardim Carvalho. Algo que eu sequer sabia que existia: um limpador de drive de disquete! Caracas... as livrarias praticamente nem vendem disquete mais, e se venderem não compensa a compra, já que os CDs são mais baratos e com maior capacidade.

Por isso foi bizarro encontrar nas prateleiras, com a mesma naturalidade com que se encontra um pendrive, o tal limpador de drive de disquete. Por apenas R$ 4,11, se você correr, ainda pode encontrar o objeto à sua disposição. E deve ficar ainda um bom tempo por lá. Alguém aí ainda usa disquete??

O que me lembra outra curiosidade: outro dia estive no Sebo Espaço Cultural, lá na Rua XV de Novembro. Estava dando uma olhada em filmes antigos em fita VHS [e me odiando por não ter um vídeo-cassete], quando encontrei duas fitas ainda emplastificadas. Fitas para gravação... as chamadas fitas VHS virgens!! Cerca de 95% dos filmes à venda ali custam apenas R$ 2. Mas essas duas fitas custam R$ 10 cada. Raridade é raridade...

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