Além da reforma ortográfica, tem outra coisa me incomodando nesses dias. A tal da portabilidade numérica.
Não é estranho que, de uma hora para a outra, finalmente aconteça algo de bom para os que utilizam o sistema de telefonia? Operadoras sendo obrigadas a transferir o número para a empresa concorrente? Qual é o segredo? Onde está o Mister M quando a gente precisa dele?
O fato é que no último dia 19 a tal da portabilidade chegou nas regiões com DDD 42, o que inclui esta cidade chamada Ponta Grossa, no interior do Paraná. E eu não poderia ficar de fora, ainda que indiretamente, dessa mudança.
Aqui vai um pequeno histórico de como a telefonia móvel passou a fazer parte de minha vida. Em 2005, muito relutante, pois não queria ser rastreado a todo momento, comprei um celular da TIM. Nunca tive problema algum com o aparelho, até porque seu sistema era dos mais simples. Um Nokia 1108, que fazia e recebia chamadas, tinha uma lanterna na ponta e dois joguinhos bem toscos.
Agora que os aparelhos adquiriram diferentes utilidades (tocar música, tirar fotos, gravar vídeos e áudio, ler e-mail, fazer café...), já estava na hora de comprar um novo. Foi o que fiz.
Depois de muita pesquisa, encontrei o modelo desejado, e descobri algo curioso que deve servir como dica para quem deseja comprar novo celular. Se você comprar o telefone numa loja de operadora o aparelho possivelmente vai custar mais caro do que em uma loja de eletroeletrônicos (com hífen, sem hífen, sei lá...). E isso é estranho. Mesmo assim, numa loja encontrei o aparelho por um valor. Do outro lado da rua, o mesmo aparelho custava cerca de cinqüenta reais a menos, e já vinha desbloqueado. Então, vale a pena andar um pouco.
Enfim. Adquirido o novo celular, fiquei com o antigo sem utilidade. E como agora é possível trocar de operadora, meu pai teve a idéia de transferir o número dele para o meu aparelho. E aqui começa a complicação...
O celular de meu pai é da VIVO. O meu é da TIM. E ele queria transferir o número dele para a CLARO, usando meu celular da TIM. O meu celular ainda estava bloqueado. Permitia apenas o uso de chip da TIM. Então, fui informado de que precisaria levar até uma loja dessa operadora e solicitar o desbloqueio. A manobra seria rápida e gratuita, bastando levar, para isso, o comprovante da compra do aparelho.
Depois de muita procura, incrível, encontrei a nota fiscal impressa em 2005 e, na tarde de quarta-feira, fui até a loja. Diante de um monitor, a funcionária da TIM digitou alguns números em um computador, gerando um código que desbloquearia meu aparelho antigo, e permitiria que ele fizesse parte das vantagens da portabilidade numérica. Em seguida, perguntou:
- Você já tentou desbloquear este aparelho?
- Não. – respondi.
- Já levou até a assistência técnica alguma vez?
- Não.
Conclusão: ela não conseguiu desbloquear meu aparelho. Disse que já tinha digitado o tal código, e não havia mais o que fazer. A última sugestão, recebida então de uma outra funcionária da mesma operadora, era que eu levasse o aparelho à assistência técnica, só que aí a manobra teria um custo, pois o aparelho não estava mais na garantia.
Ou seja, durante quase quatro anos o celular não deu problema algum. Mas na hora de desbloquear e mudar para outra operadora, ele misteriosamente apresentou um defeito que impossibilitou sua mudança.
Naquela tarde quente e abafada, ainda fiz uma última tentativa. Fui até uma loja da assistência técnica autorizada. Mas fiquei ali apenas o tempo necessário para pegar um copo de água gelada no bebedouro. Havia cerca de quinze pessoas esperando atendimento, e mais nenhum lugar para se sentar. Eu tinha pressa, e fui embora.
Somente depois comecei a me perguntar, levando em conta a superlotação da assistência técnica, justo na época em que inicia a portabilidade numérica: será que eu era o único a enfrentar tal problema? É cada vez mais difícil, para mim, acreditar em coincidências.
Quando comprei meu aparelho antigo, o termo “desbloqueio” ainda nem era aplicado a celulares. Fico me perguntando se as operadoras, realmente, tiveram a idéia de permitir o futuro desbloqueio de celulares mais antigos. Até onde vão as possibilidades da portabilidade numérica? Todas as operadoras realizam o desbloqueio? Certo, já tem muitas perguntas nesse texto. Deixemos algumas para um próximo.
Não é estranho que, de uma hora para a outra, finalmente aconteça algo de bom para os que utilizam o sistema de telefonia? Operadoras sendo obrigadas a transferir o número para a empresa concorrente? Qual é o segredo? Onde está o Mister M quando a gente precisa dele?
O fato é que no último dia 19 a tal da portabilidade chegou nas regiões com DDD 42, o que inclui esta cidade chamada Ponta Grossa, no interior do Paraná. E eu não poderia ficar de fora, ainda que indiretamente, dessa mudança.
Aqui vai um pequeno histórico de como a telefonia móvel passou a fazer parte de minha vida. Em 2005, muito relutante, pois não queria ser rastreado a todo momento, comprei um celular da TIM. Nunca tive problema algum com o aparelho, até porque seu sistema era dos mais simples. Um Nokia 1108, que fazia e recebia chamadas, tinha uma lanterna na ponta e dois joguinhos bem toscos.
Agora que os aparelhos adquiriram diferentes utilidades (tocar música, tirar fotos, gravar vídeos e áudio, ler e-mail, fazer café...), já estava na hora de comprar um novo. Foi o que fiz.
Depois de muita pesquisa, encontrei o modelo desejado, e descobri algo curioso que deve servir como dica para quem deseja comprar novo celular. Se você comprar o telefone numa loja de operadora o aparelho possivelmente vai custar mais caro do que em uma loja de eletroeletrônicos (com hífen, sem hífen, sei lá...). E isso é estranho. Mesmo assim, numa loja encontrei o aparelho por um valor. Do outro lado da rua, o mesmo aparelho custava cerca de cinqüenta reais a menos, e já vinha desbloqueado. Então, vale a pena andar um pouco.
Enfim. Adquirido o novo celular, fiquei com o antigo sem utilidade. E como agora é possível trocar de operadora, meu pai teve a idéia de transferir o número dele para o meu aparelho. E aqui começa a complicação...
O celular de meu pai é da VIVO. O meu é da TIM. E ele queria transferir o número dele para a CLARO, usando meu celular da TIM. O meu celular ainda estava bloqueado. Permitia apenas o uso de chip da TIM. Então, fui informado de que precisaria levar até uma loja dessa operadora e solicitar o desbloqueio. A manobra seria rápida e gratuita, bastando levar, para isso, o comprovante da compra do aparelho.
Depois de muita procura, incrível, encontrei a nota fiscal impressa em 2005 e, na tarde de quarta-feira, fui até a loja. Diante de um monitor, a funcionária da TIM digitou alguns números em um computador, gerando um código que desbloquearia meu aparelho antigo, e permitiria que ele fizesse parte das vantagens da portabilidade numérica. Em seguida, perguntou:
- Você já tentou desbloquear este aparelho?
- Não. – respondi.
- Já levou até a assistência técnica alguma vez?
- Não.
Conclusão: ela não conseguiu desbloquear meu aparelho. Disse que já tinha digitado o tal código, e não havia mais o que fazer. A última sugestão, recebida então de uma outra funcionária da mesma operadora, era que eu levasse o aparelho à assistência técnica, só que aí a manobra teria um custo, pois o aparelho não estava mais na garantia.
Ou seja, durante quase quatro anos o celular não deu problema algum. Mas na hora de desbloquear e mudar para outra operadora, ele misteriosamente apresentou um defeito que impossibilitou sua mudança.
Naquela tarde quente e abafada, ainda fiz uma última tentativa. Fui até uma loja da assistência técnica autorizada. Mas fiquei ali apenas o tempo necessário para pegar um copo de água gelada no bebedouro. Havia cerca de quinze pessoas esperando atendimento, e mais nenhum lugar para se sentar. Eu tinha pressa, e fui embora.
Somente depois comecei a me perguntar, levando em conta a superlotação da assistência técnica, justo na época em que inicia a portabilidade numérica: será que eu era o único a enfrentar tal problema? É cada vez mais difícil, para mim, acreditar em coincidências.
Quando comprei meu aparelho antigo, o termo “desbloqueio” ainda nem era aplicado a celulares. Fico me perguntando se as operadoras, realmente, tiveram a idéia de permitir o futuro desbloqueio de celulares mais antigos. Até onde vão as possibilidades da portabilidade numérica? Todas as operadoras realizam o desbloqueio? Certo, já tem muitas perguntas nesse texto. Deixemos algumas para um próximo.
2 comentários:
Uma vez soube que há sites na internet que ensinam você a desbloquear sozinho o celular. Tem que baixar um programa, sei lá.
Quem ama, bloqueia.
Tive uma aparelho parecido e, como ninguém quis (o coitado não tinha nem espaço para chip - ok, o meu atual tb não tem), guardei. Hoje, é só uma lanterna. Mas funcionou bem nas duas vezes em que precisei trocar o chuveiro - desligando todo o sistema de luz.
Ok, tudo é informação irrelevante.
olá, Danilo, tudo bem? obrigada pela visita ao meu blog. Este assunto de vida em marte é realmente polêmico. Se tiver um tempinho, entre novamente no blog e leia um outro comentário postado pelo sr. João Bosco, sobre o assunto Vida em Marte. Vale a pena ler. Um grande abraço, Déborah.
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