Existe algo de especialmente estranho no Universo. Talvez só aconteça comigo (é possível...), mas já reparei que muitas vezes surgem situações que guardam, entre si, alguma relação indireta, porém perceptível.
Ontem me aconteceu algo assim. Na reunião de pauta do início dessa semana, eu tinha me proposto a escrever uma matéria sobre como e quando uma criança pode ter um animal de estimação. Se existe uma idade certa para isso, uma raça de cachorro mais adequada, por exemplo...
Pois bem, à tarde marquei uma entrevista com a veterinária, e estava indo para sua clínica. No caminho, pensava na ironia da situação... Estava indo a uma clínica para consultar uma veterinária. Se dissesse isso em voz alta, soaria engraçado.
Mas fui arrancado desse meu pensamento pelo ruído de um carro que freava bruscamente, na Rua do Rosário, ao lado da praça. Quando olhei para a direção de onde vinha o barulho, enxerguei uma cachorrinha bassê, preta, que já tinha se batido contra o pára-choque, e que rolava embaixo do automóvel.
Em seguida, a bichinha já corria outra vez em direção à praça. O carro voltava a entrar em movimento, e outro ruído ganhava destaque... o choro de uma criança. Era um menino, de cerca de cinco anos, que corria sem rumo e berrava com toda a força. Teria se lançado no meio da rua, talvez com o mesmo destino do animal, se eu e um motoqueiro (agora eles preferem ser chamados de motoboys) não tivéssemos barrado a passagem do guri.
Depois, veio a mãe do garoto. Quando chegou perto, perguntou: “Pra onde ela foi, Luizinho?” Entre soluços, a resposta: “Ela foi... atropelada!”
Minutos depois, conversando com a doutora Larissa Garcia, eu soube que não há uma idade certa para que uma criança tenha um animal, desde que ela tenha a noção de que um cachorro é um ser vivo, e não um brinquedo. Também soube que essa história de que cada ano canino equivale a sete anos humanos é mentira. O envelhecimento do cachorro é irregular, e depende, entre outras coisas do tamanho do bicho. Não sei qual a lógica, mas, quanto maior o cachorro, mais cedo ele envelhece.
Mais tarde, quando cheguei em casa, encontrei sobre o sofá um panfleto que tinham deixado na caixa de correio. Dizia: “ADESTRAMENTO DE CÃES - Obediência Básica, Avançada e Guarda”. O papel mostrava a foto de um Pitbull chamado Kiron (disponível para acasalamento), e finalizava com uma frase que me fez rir: “Lembre-se: quem ama, adestra”.
Pra terminar, no final da tarde meu pai chegou do serviço e encontrou nosso cachorro dormindo tranqüilamente à porta da sala. Logo depois, minha mãe prendeu o cão (que só fica solto no quintal de vez em quando), e meu pai resolveu iniciar uma discussão por causa do modo como tratamos o bicho.
Terminou reclamando porque eu estava me omitindo da conversa. Se soubesse que eu estava pensando em cachorros desde o começo da tarde, talvez ele colaborasse falando sobre gatos ou periquitos.
Enfim, se cada dia tivesse um tema, como num seriado de TV, ontem teria sido um dia para falar de cães. Qual será o episódio de hoje?
4 comentários:
Realy.. existem dias que são OS dias... como trabalho com desenvolvimento, percebo isso com muita frequencia mesmo porque meus assuntos (aqui onde trabalho) nunca podem (ou conseguem?) fugir do que eu tenho que fazer... e é realmente engraçadao como vc percebe que durante o dia inteiro existem coisas que te levam para o maldito assunto que te fez acordar cedo... certa vez tive que voltar pra casa pois naum aguentava a pressão da mídia (mesmo sabendo que não era pra mim) sobre minha cabeça, colocando informações, notícias e afins sobre a situação do sistema que eu tinha que fazer... é como um sermão de igreja... que parece que o padre olha pra voce quando fala do filho malcriado ou do pai ausente.. vc sente que o rosto queima e que as mãos suam...c'est la vie... PS; curioso a forma como eles envelhecem... imagine se estivermos enganados sobre a nossa forma de envelhecimento?...
Já parei algumas vezes para filosofar em cima desse fato dos assutos nos perseguirem o dia todo. Na verdade acho que estamos sempre rodeados de todos os assuntos possíveis. O que acontece é um dia ou outro, reparar mais nos assuntos que nos rodeiam. Como por ex hoje rolou o assunto no trabalho de um certo colega que fez uma entrevista com um bombeiro gay. HAHAHHA Vindo para casa passei na frente do batalhao e na hora ja veio na cabeça a entrevista. HAHAHA!!! :P Se alguem chegar em casa agora falando sobre uma ambulancia ou cachorros o assunto voltará a tona.
VIda doida essa mesmo.. aeheahhea
ESSA Q A IDADE DOS CÃES Ñ É COMO DIZEM, EU Ñ SABIA ...........
CONTEI Q GANHEI UM GATO? FOI ANO PASSADO, DUROU 24H
Ñ, Ñ MATEI O GATO
Ñ, Ñ, TB O GATO Ñ FUGIU
SIM, SIM, DEVOLVI O GATO
SEM CONDIÇÕES, ERA PEQUENO, PULAVA EM TD, DO CHÃO P/ SOFÁ, DO SOFÁ P/ MESA, DA MESA P/ PORTA-RETRATO, VOLTADA P/ SOFÁ E DO SOFÁ P/ CORTINA, DE ONDE Ñ SAÍA ENQUANTO EU Ñ TIRASSE, PQ ENROSCAVA E Ñ DESENROSCAVA SOZINHO............
E TB Ñ PARAVA DE MIAR. Ô GATO Q FALAVA PELOS COTOVELOS... HIHI
SEMPRE TEM PUBLICIDADE SOBRE ADESTRAMENTO DE CÃES NA MINHA CAIXA DE CARTAS, DEVEM ACHAR Q SÓ PQ TEM UMA REDE DE METAL TENHO ALGUM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO, MAS É P/ LIXO E FOLHAS DA RUA Ñ ENTRAREM (E FUNCIONA)
BJUU E ÓTIMO FDS !!
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