Coloco a Melissa na cadeirinha do carro, sento no banco do motorista e giro a chave, dando a partida. Olho no console o papel que não se autodestruirá, mas aponta minha missão: Pagar a conta de luz.
"Vamos ao banco, Mel. Daqui a pouco estaremos de volta", digo, explicando a ela o motivo de sairmos da casa da avó.
O carro segue devagar. Mais devagar com a Melissa no banco de trás. Os cuidados se redobraram de forma natural após seu nascimento.
Estamos no Centro, a poucas quadras do banco, quando viro para trás e percebo que a Mel foi para o Mundo de Orfeu. Dorme tranquilamente, o queixo caído sobre o ombro direito. "Ideal seria ela dormir entre as 10h e as 11h, para aproveitar bem a tarde", recordo as palavras da pedagoga na primeira semana da Mel na escolinha.
Olho para o relógio. Está justo nesse intervalo. Vou tentar não pagar a conta com atraso, mas, dessa vez, o sono da pequena não irá atrasar. Estaciono o carro e deixo que durma. Mais tarde dou um jeito de pagar a conta. Esse soninho me acalma e me faz sentir um bom pai. Algo que torço para estar sendo todos os dias.
10 de out. de 2017
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