15 de set. de 2006

Bafômetros e quilômetros

Sabe aquela frase... “Se beber não dirija”? Pois, então... Eu acredito, de verdade, que seja pura retórica. E digo isso não apenas porque o negócio não funciona na prática. Digo isso, principalmente, porque ninguém toma medidas para que funcione.
Vou ainda mais longe... Deve existir alguma espécie de convênio secreto entre as empresas de bebidas alcoólicas e as fabricantes de automóveis. Sim, porque para que mais automóveis sejam vendidos é necessário que:
a) O consumidor melhore sua situação financeira;
b) O número de carros já existente diminua.

Sabemos que está bastante difícil uma melhora considerável na economia, especialmente a brasileira. Agora, pare pra pensar... Quantos automóveis viram sucata por dia? Dezenas? Centenas? Milhares? E a bebida colabora para isso.
Por que a polícia não fica com um bafômetro, à noite, em frente aos bares? Porque sabe que todo motorista sai de lá embriagado, óbvio. Aqui na cidade de Ponta Grossa nós temos, anualmente, um evento chamado Münchenfest. A “festa do shopp escuro”. Pode imaginar como as pessoas ficam na saída? Agora, pense na ironia... Tem um enorme estacionamento do lado. Nem tem tanto bafômetro assim no mundo, pra testar em todo bêbado que sai do evento.

Outra causa de acidentes, dessa vez nas estradas, é o excesso de velocidade. Sempre me perguntei por que não fabricam os carros com velocidade máxima de 100 Km/h. Seria a solução para esse problema. Alguém veio me dizer que era impossível, pois a rotação do motor não permite, blá, blá, blá...
Pois, sabe que meu carro, um Voyage ano 1990, acaba de provar que é possível, sim! Ultimamente eu tenho dirigido bastante no centro da cidade, de modo que a velocidade não ultrapassa os 60 Km/h. Mas no final de semana fui viajar e, na rodovia, descobri que o carro não passava dos cem por hora. Não importava o quanto eu pisasse no acelerador.
Uma consulta com o mecânico revelou que o motor possui dois estágios de rotação. O problema é que, de tanto dirigir no centro da cidade, o segundo estágio do motor de meu carro emperrou, e não estava funcionando.
Parem as prensas! Avisem as revendedoras de carros! Todas elas precisam fazer o maior recall da história. E para salvar uma porção de vidas basta fazer um pequeno ajuste – emperrar o funcionamento do segundo estágio de rotação do motor. Não deve ser muito difícil fazer algo parecido com os automóveis que possuem injeção eletrônica também.
Pra finalizar... já reparou que o número de motocicletas está aumentando de um modo impressionante? Estou aqui fazendo a contagem regressiva... Quanto tempo será que vai demorar, para que lancem a frase “Se beber, não pilote”? Que porre...

Nenhum comentário: