Não é preciso ser jornalista para notar que algumas reportagens são recorrentes nos noticiários. E não estou me referindo à corrupção na política, que de tão recorrente já se tornou comum aos olhos da maioria. Mas, por exemplo, quando chega o momento mais frio do inverno brasileiro, sempre tem uma reportagem na região sul. Aparecem as árvores com orvalho congelado nos galhos, entrevistam um velhinho que diz, em 65 anos, nunca ter visto frio como aquele. Passam a mão no gelo sobre o pára-brisa do carro, quebram o lago congelado, filmam turistas maravilhados, exibem o termômetro da praça. Coisas assim.
O mesmo acontece no Natal. No caso, a data é que determina o conteúdo das reportagens, que vão falar sobre a lenda do Papai Noel, o movimento nas lojas, a escolha dos presentes. Na Páscoa, a fabricação de pêssankas, a história de Jesus Cristo e... a criação de coelhos.
Mas existe uma reportagem que costuma ser repetida a cada ano, e que não tem relação direta com estações climáticas ou datas comemorativas. E esta reportagem eu vi no telejornal de ontem. Trata-se do uso comum (e, por isso mesmo, incomum) de números ímpares nos preços de mercadorias. Produtos que, em lugar de custarem R$10,00 custam R$9,99.
Parece uma coisa à toa. Mas o negócio é mesmo violento. Não acredito muito na utilidade desse procedimento, em termos publicitários. Não acho que deixaria de comprar a mesma mercadoria, se custasse um centavo a mais. Ainda assim, sempre existe a questão do subliminar, coisa que a gente não domina.
O problema é que, de subliminar em subliminar, a realidade é apenas uma: não recebo o troco. Nessa jogada de “noventa e noves” a gente sempre sai perdendo. Tudo bem que é coisa de um ou dois centavos. Só que é isso que me deixa pensando... que fim levou as moedas de um centavo??
Se for parar pra pensar, não sei quando foi a última vez que vi uma. Lembro que, há alguns anos, houve uma espécie de campanha para que as pessoas gastassem as moedinhas de um centavo que, segundo especialistas, ficavam perdidas em gavetas e frestas de sofás. Mas aqui em casa não tem nenhuma! Até fizemos uma reforma no sofá...
Então, aqui vai a teoria da conspiração da semana: Será que o Governo não parou de fabricar as moedas de um centavo, e recolheu as que já existiam, numa espécie de acordo com o comércio nacional, que de centavo em centavo acaba lucrando horrores?
E que fim levou as balinhas de troco? Tá tudo escondido com as notas de cem reais?
4 comentários:
...uma vez comprei,no banco,um saco fechado com mil moedas de um centavo pra jogar poker!!!heheheh
mas a maioria "sumiu" mesmo... =)
huahauhaha, afff Danilo, vc é fogo! MAs pra te confortar, passe lá no xerox da minha mãe.... lá tem um monte de moeda de 1 centavo. Como o valor do xerox é quebrado (seis centavos) tem gente que faz questão de levar a dita moeda ou de cobrar o troco...
Tá explicado então... todas as moedinhas é a mãe da Ana Carol que segura.
minha sobrinha tem um monte guardadas, rs...
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