7 de agosto de 2006
Certa vez vi num livro uma ilustração. Acho que era de uma pintura surrealista. Mostrava uma mulher nua, sob a mira de uma espingarda que flutuava e saía de dentro da boca de um tigre que, por sua vez, saía da boca de um peixe dourado. Ao fundo existia um elefante cinza com patas finas e muito longas, como as de uma girafa. E tudo isso parecia sair de dentro de uma romã, em torno da qual havia uma abelha. E a legenda era, se bem me lembro: “Sonho causado por uma abelha sobrevoando uma romã, um segundo antes do despertar.” Ou algo parecido.
Era bem mais complexo, na verdade. Mas é isso o que de vez em quando vem à minha memória. E sempre me pergunto se significa exatamente aquilo que penso: que o autor da obra dormiu à sombra de uma árvore de romãs, e foi acordado pelo zunido de uma abelha que voava perto de um dos frutos. Pouco antes de acordar, o artista fixou na memória as imagens que tinha visto em seu sonho, e transportou para a tela aquilo que não teria sentido nenhum na realidade. Mas essa pintura serve, no meu entender, para demonstrar o funcionamento dos sonhos. Funcionamento que, apesar de confuso, segue uma lógica própria, normalmente baseada na realidade de nosso cotidiano.
Digo isso porque hoje, poucos segundos antes de acordar, sonhei que meu carro tinha cinco limpadores de pára-brisa no vidro dianteiro. E, de algum modo, sei que um dos responsáveis por essa visão maluca é um padre. Porque ontem, por ocasião da Festa de São Cristóvão, e a pedido de meu pai, levei o automóvel para a tradicional benção.
Os automóveis passavam ao lado do sacerdote que, após proferir algumas palavras, jogava sobre o carro a tal água benta, usada pela igreja católica desde o século IV, para benzer e exorcizar. (Li isso no dicionário) Depois que passei por essa experiência – que acredito não ter sido um exorcismo – vi que o vidro da frente tinha ficado um pouco molhado e, bem mais por brincadeira do que por necessidade, acionei o limpador de pára-brisa. Mas eu não esperava que faria tamanha sujeira.
Qualquer dia desses vou perguntar a um padre o que eles colocam naquela água benta. Já vi, durante missas dominicais transmitidas pela TV, o padre dizer para colocarmos um copo d’água sobre o televisor, que assim a água se tornará benta. Logo, sempre pensei que a água benta nada mais fosse do que uma água... benta. Mas não pode ser só isso. No mínimo tem sal naquela água, porque depois de secar ela deixou o vidro manchado de branco.
Isso serviu como um pretexto para limpeza, porque há vários dias o carro não via água de nenhum tipo. Assim, ontem à noite fui dormir pensando que hoje, pela manhã, teria que levá-lo até o posto de combustível para fazer uma lavagem. E foi por isso que tive o sonho maluco com os limpadores de pára-brisa.
O engraçado é que, no sonho, logo depois de perceber o milagre da multiplicação dos limpadores, eu também perdia o controle da direção do carro, que caía num barranco e ficava encalhado. Talvez fosse uma referência à frase que meu irmão disse ontem à noite, também a respeito da benção dos carros: “De nada adianta uma benção, se o que o motorista bebe não é água benta.”
Eu quase não bebo. Mas tendo sonhos como esse... preciso?
Certa vez vi num livro uma ilustração. Acho que era de uma pintura surrealista. Mostrava uma mulher nua, sob a mira de uma espingarda que flutuava e saía de dentro da boca de um tigre que, por sua vez, saía da boca de um peixe dourado. Ao fundo existia um elefante cinza com patas finas e muito longas, como as de uma girafa. E tudo isso parecia sair de dentro de uma romã, em torno da qual havia uma abelha. E a legenda era, se bem me lembro: “Sonho causado por uma abelha sobrevoando uma romã, um segundo antes do despertar.” Ou algo parecido.
Era bem mais complexo, na verdade. Mas é isso o que de vez em quando vem à minha memória. E sempre me pergunto se significa exatamente aquilo que penso: que o autor da obra dormiu à sombra de uma árvore de romãs, e foi acordado pelo zunido de uma abelha que voava perto de um dos frutos. Pouco antes de acordar, o artista fixou na memória as imagens que tinha visto em seu sonho, e transportou para a tela aquilo que não teria sentido nenhum na realidade. Mas essa pintura serve, no meu entender, para demonstrar o funcionamento dos sonhos. Funcionamento que, apesar de confuso, segue uma lógica própria, normalmente baseada na realidade de nosso cotidiano.
Digo isso porque hoje, poucos segundos antes de acordar, sonhei que meu carro tinha cinco limpadores de pára-brisa no vidro dianteiro. E, de algum modo, sei que um dos responsáveis por essa visão maluca é um padre. Porque ontem, por ocasião da Festa de São Cristóvão, e a pedido de meu pai, levei o automóvel para a tradicional benção.
Os automóveis passavam ao lado do sacerdote que, após proferir algumas palavras, jogava sobre o carro a tal água benta, usada pela igreja católica desde o século IV, para benzer e exorcizar. (Li isso no dicionário) Depois que passei por essa experiência – que acredito não ter sido um exorcismo – vi que o vidro da frente tinha ficado um pouco molhado e, bem mais por brincadeira do que por necessidade, acionei o limpador de pára-brisa. Mas eu não esperava que faria tamanha sujeira.
Qualquer dia desses vou perguntar a um padre o que eles colocam naquela água benta. Já vi, durante missas dominicais transmitidas pela TV, o padre dizer para colocarmos um copo d’água sobre o televisor, que assim a água se tornará benta. Logo, sempre pensei que a água benta nada mais fosse do que uma água... benta. Mas não pode ser só isso. No mínimo tem sal naquela água, porque depois de secar ela deixou o vidro manchado de branco.
Isso serviu como um pretexto para limpeza, porque há vários dias o carro não via água de nenhum tipo. Assim, ontem à noite fui dormir pensando que hoje, pela manhã, teria que levá-lo até o posto de combustível para fazer uma lavagem. E foi por isso que tive o sonho maluco com os limpadores de pára-brisa.
O engraçado é que, no sonho, logo depois de perceber o milagre da multiplicação dos limpadores, eu também perdia o controle da direção do carro, que caía num barranco e ficava encalhado. Talvez fosse uma referência à frase que meu irmão disse ontem à noite, também a respeito da benção dos carros: “De nada adianta uma benção, se o que o motorista bebe não é água benta.”
Eu quase não bebo. Mas tendo sonhos como esse... preciso?
Um comentário:
...está até simples perto dos meus sonhos hehehe
1 bjo,ah, aproveitando o assunto,se quiser fazer parte : http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=952194 =)
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