Incrível... Mas é possível se indignar já durante o café da manhã. Enquanto comia uma fatia de pão, comecei a ler (a leitura é meu vício) a embalagem de maionese que estava sobre a mesa à minha frente. Dizia o texto dentro de um quadrado amarelo:
“A Maionese Arisco mudou. Seu novo sabor, gostoso e envolvente, vai deixar tudo ainda melhor. E sua nova embalagem, vai virar um porta-tudo com a sua cara!”
Que texto horrível! Parece que quem escreveu isso não tinha noção nenhuma da realidade! Afinal, o que vem a ser um “sabor envolvente”? Mas... “um porta-tudo com a sua cara!” Por favor... tente ler isso em voz alta. E o que eles esperam? Que a gente goste tanto da embalagem, a ponto de transformar em porta-lápis e colocar sobre a escrivaninha?
Mas não parou aí. Na mesma embalagem existe a foto de uma fatia de pão exageradamente coberta por maionese. E a legenda é “Incremente o seu pão”.
Incremente seu pão! Tenta visualizar... Você está na cozinha passando maionese em seu pãozinho. Alguém entra e pergunta: “Ei, o que você está fazendo?” E você responde: “Estou incrementando meu pão.” Será que a palavra tem alguma relação com creme... cremosidade... então acharam que seria uma boa idéia usar o verbo “incrementar”. Uhn... pode ser.
E ainda finalizam dizendo: “Nova Maionese Arisco! Gostosa por dentro e por fora!” Realmente, eles gostaram da embalagem e viajaram na maionese.
*****
No outro dia eu estava assistindo a uma reportagem na televisão, onde um policial rodoviário falava sobre a obrigatoriedade do uso de cinto de segurança nos ônibus que trafegam em rodovias. Ele dizia que todos os passageiros devem usar o cinto.
Fiquei me perguntando por que não é obrigatório o uso de cinto de segurança nos ônibus que trafegam no interior da cidade. É engraçado... apenas o motorista e o cobrador têm cinto (e normalmente não usam).
Mas, na verdade, dá pra entender a ausência do cinto. O ônibus transporta passageiros sentados e passageiros em pé. Provavelmente os bancos não possuem cinto porque seria estúpido dar mais segurança a quem está sentado. Quer dizer, o pessoal que se senta coloca o cinto e o resto é arremessado pelas janelas quando acontece uma colisão!
O engraçado é que uns ficam em pé e outros ficam sentados, mas todos pagam a mesma coisa ao cobrador. Acho isso muito estranho. Quem fica em pé deveria pagar menos.
Por outro lado, no passado não muito distante tínhamos os bondes e, literalmente, era necessário pegar o bonde andando. E hoje há preocupação em deixar trilhos de trem próximos a lugares povoados, porque alguém pode ser atropelado. Sim, é estranho.
*****
Às vezes escuto no rádio as ocorrências policiais da cidade. Roubos, assassinatos, golpes, discussões etc. De uns tempos pra cá, reparei, deixaram de divulgar os nomes das pessoas envolvidas nos crimes. E isso acontece tanto para o criminoso como, também, para a vítima. Em lugar de dizer que José da Silva teve o aparelho de DVD roubado, o anúncio chega assim: “J.S., 23 anos, chegou em sua casa e se deparou com a porta arrombada...” Ou seja, ficamos sabendo apenas as iniciais das pessoas envolvidas.
Isso faz com que seja possível encontrar situações como, por exemplo:
“R.G., 32 anos, foi detido porque não portava a carteira de identidade.”
“T.N.T., 54 anos, é suspeito de provocar incêndio.”
“L.S.D., 19 anos, foi preso sob suspeita de tráfico de drogas.”
“W.C., 24 anos, preso por atentado ao pudor.”
“A Maionese Arisco mudou. Seu novo sabor, gostoso e envolvente, vai deixar tudo ainda melhor. E sua nova embalagem, vai virar um porta-tudo com a sua cara!”
Que texto horrível! Parece que quem escreveu isso não tinha noção nenhuma da realidade! Afinal, o que vem a ser um “sabor envolvente”? Mas... “um porta-tudo com a sua cara!” Por favor... tente ler isso em voz alta. E o que eles esperam? Que a gente goste tanto da embalagem, a ponto de transformar em porta-lápis e colocar sobre a escrivaninha?
Mas não parou aí. Na mesma embalagem existe a foto de uma fatia de pão exageradamente coberta por maionese. E a legenda é “Incremente o seu pão”.
Incremente seu pão! Tenta visualizar... Você está na cozinha passando maionese em seu pãozinho. Alguém entra e pergunta: “Ei, o que você está fazendo?” E você responde: “Estou incrementando meu pão.” Será que a palavra tem alguma relação com creme... cremosidade... então acharam que seria uma boa idéia usar o verbo “incrementar”. Uhn... pode ser.
E ainda finalizam dizendo: “Nova Maionese Arisco! Gostosa por dentro e por fora!” Realmente, eles gostaram da embalagem e viajaram na maionese.
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No outro dia eu estava assistindo a uma reportagem na televisão, onde um policial rodoviário falava sobre a obrigatoriedade do uso de cinto de segurança nos ônibus que trafegam em rodovias. Ele dizia que todos os passageiros devem usar o cinto.
Fiquei me perguntando por que não é obrigatório o uso de cinto de segurança nos ônibus que trafegam no interior da cidade. É engraçado... apenas o motorista e o cobrador têm cinto (e normalmente não usam).
Mas, na verdade, dá pra entender a ausência do cinto. O ônibus transporta passageiros sentados e passageiros em pé. Provavelmente os bancos não possuem cinto porque seria estúpido dar mais segurança a quem está sentado. Quer dizer, o pessoal que se senta coloca o cinto e o resto é arremessado pelas janelas quando acontece uma colisão!
O engraçado é que uns ficam em pé e outros ficam sentados, mas todos pagam a mesma coisa ao cobrador. Acho isso muito estranho. Quem fica em pé deveria pagar menos.
Por outro lado, no passado não muito distante tínhamos os bondes e, literalmente, era necessário pegar o bonde andando. E hoje há preocupação em deixar trilhos de trem próximos a lugares povoados, porque alguém pode ser atropelado. Sim, é estranho.
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Às vezes escuto no rádio as ocorrências policiais da cidade. Roubos, assassinatos, golpes, discussões etc. De uns tempos pra cá, reparei, deixaram de divulgar os nomes das pessoas envolvidas nos crimes. E isso acontece tanto para o criminoso como, também, para a vítima. Em lugar de dizer que José da Silva teve o aparelho de DVD roubado, o anúncio chega assim: “J.S., 23 anos, chegou em sua casa e se deparou com a porta arrombada...” Ou seja, ficamos sabendo apenas as iniciais das pessoas envolvidas.
Isso faz com que seja possível encontrar situações como, por exemplo:
“R.G., 32 anos, foi detido porque não portava a carteira de identidade.”
“T.N.T., 54 anos, é suspeito de provocar incêndio.”
“L.S.D., 19 anos, foi preso sob suspeita de tráfico de drogas.”
“W.C., 24 anos, preso por atentado ao pudor.”