Transtornos trazidos por três letras extraviadas
Tenho pouco dinheiro no banco. Talvez por isso tenha ficado tantos meses sem comparecer diante de um caixa-eletrônico. Ou talvez porque eu seja econômico. Uma economia compatível com o pouco dinheiro que tenho no banco.
O fato é que, depois de cerca de quatro meses sem ver a máquina da caixa econômica, precisei tirar um extrato, e não pude. O computador pediu a senha numérica. Eu digitei. Depois pediu a senha de 3 letras. E eu... Senha de 3 letras? Eu não lembrava. Recordava apenas que, quando criei a conta, tinha a senha numérica e uma palavra-chave. A palavra foi fácil de memorizar: SIRENE.
Mas, de fato, na última vez em que tinha utilizado o terminal de auto-atendimento, a máquina tinha trocado a palavra-chave por uma seqüência de 3 letras. Eu lembrava de ver a máquina emitindo um papel amarelo que continha as tais letras.
Procurei pelo papel em minhas gavetas, no meio da agenda, dentro da mala e entre os livros. Não encontrei. Numa tentativa com poucas chances de sucesso, digitei qualquer coisa e, claro, a máquina não aceitou. Não tive escolha senão falar com o gerente.
Não foi difícil. Eu ainda lembrava a senha numérica. Ele apenas conferiu minha identidade, digitou algo num computador ao seu lado, e disse: “Pronto! Da próxima vez em que for usar o caixa-eletrônico, a máquina vai criar uma nova senha de acesso para você”.
Agradeci. Voltei ao caixa-eletrônico, não sem antes reclamar com o gerente, dizendo que era mais fácil memorizar a palavra SIRENE do que uma seqüência de letras aleatórias.
A máquina cuspiu nova seqüência de letras. Tirei o extrato e fui para casa, prometendo me esforçar mais para guardar na memória as letras da senha.
Menos de uma semana se passou, fui à biblioteca municipal, onde não ia desde o começo do ano. Queria emprestar “O Velho e o Mar”, de Ernest Hemingway (ótima leitura, por sinal). Já estava saindo com o livro nas mãos, quando a bibliotecária chamou. Algo tinha caído do meio da carteirinha. Um pequeno papel amarelo contendo três letras: ZLU.
Era a senha antiga.
Possível moral da história: Se estiver procurando algo, desista de procurar, que você acha.
Paralelamente... Contei os fatos para um amigo, que começou a rir ao meu lado:
“Imagine só...” – ele disse “Imagine se você fosse seqüestrado por assaltantes, que te obrigassem a sacar o dinheiro do banco. Você diria ‘Eu esqueci a senha... Era mais fácil lembrar de SIRENE’. Será que eles iriam entender?”
O fato é que, depois de cerca de quatro meses sem ver a máquina da caixa econômica, precisei tirar um extrato, e não pude. O computador pediu a senha numérica. Eu digitei. Depois pediu a senha de 3 letras. E eu... Senha de 3 letras? Eu não lembrava. Recordava apenas que, quando criei a conta, tinha a senha numérica e uma palavra-chave. A palavra foi fácil de memorizar: SIRENE.
Mas, de fato, na última vez em que tinha utilizado o terminal de auto-atendimento, a máquina tinha trocado a palavra-chave por uma seqüência de 3 letras. Eu lembrava de ver a máquina emitindo um papel amarelo que continha as tais letras.
Procurei pelo papel em minhas gavetas, no meio da agenda, dentro da mala e entre os livros. Não encontrei. Numa tentativa com poucas chances de sucesso, digitei qualquer coisa e, claro, a máquina não aceitou. Não tive escolha senão falar com o gerente.
Não foi difícil. Eu ainda lembrava a senha numérica. Ele apenas conferiu minha identidade, digitou algo num computador ao seu lado, e disse: “Pronto! Da próxima vez em que for usar o caixa-eletrônico, a máquina vai criar uma nova senha de acesso para você”.
Agradeci. Voltei ao caixa-eletrônico, não sem antes reclamar com o gerente, dizendo que era mais fácil memorizar a palavra SIRENE do que uma seqüência de letras aleatórias.
A máquina cuspiu nova seqüência de letras. Tirei o extrato e fui para casa, prometendo me esforçar mais para guardar na memória as letras da senha.
Menos de uma semana se passou, fui à biblioteca municipal, onde não ia desde o começo do ano. Queria emprestar “O Velho e o Mar”, de Ernest Hemingway (ótima leitura, por sinal). Já estava saindo com o livro nas mãos, quando a bibliotecária chamou. Algo tinha caído do meio da carteirinha. Um pequeno papel amarelo contendo três letras: ZLU.
Era a senha antiga.
Possível moral da história: Se estiver procurando algo, desista de procurar, que você acha.
Paralelamente... Contei os fatos para um amigo, que começou a rir ao meu lado:
“Imagine só...” – ele disse “Imagine se você fosse seqüestrado por assaltantes, que te obrigassem a sacar o dinheiro do banco. Você diria ‘Eu esqueci a senha... Era mais fácil lembrar de SIRENE’. Será que eles iriam entender?”
Um comentário:
Recebi o endereço do blog por email. Gostei bastante. Quanto ao último post, tenho que confessar que até assusta encontrar um sujeito assim tão desligado, né não? Cuida dessa senha, camarada.
Até.
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