Há alguns anos existiu em Ponta Grossa um supermercado chamado Real. Mas isso foi na época em que nossa moeda era o Cruzeiro. Porque agora que nossa moeda é o real, no lugar daquele supermercado está o supermercado BIG, cujo slogan mais recente traz a frase: “É mais que preço baixo. É BIG!”
Ora, se é mais que preço baixo, significa que é preço alto, certo? E se é “BIG”, é um preço altíssimo, certo? Então, será que já despediram o autor desse slogan?
A propaganda é a alma do negócio. Mas algumas dessas almas estariam condenadas, caso as pessoas prestassem maior atenção ao seu conteúdo. Antes eu não ligava a mínima pra isso, mas depois de passar várias horas vendo televisão e escutando a rádio do Terminal Central de ônibus, chega um momento em que a gente percebe o quão estúpidas algumas propagandas conseguem ser.
Ora, se é mais que preço baixo, significa que é preço alto, certo? E se é “BIG”, é um preço altíssimo, certo? Então, será que já despediram o autor desse slogan?
A propaganda é a alma do negócio. Mas algumas dessas almas estariam condenadas, caso as pessoas prestassem maior atenção ao seu conteúdo. Antes eu não ligava a mínima pra isso, mas depois de passar várias horas vendo televisão e escutando a rádio do Terminal Central de ônibus, chega um momento em que a gente percebe o quão estúpidas algumas propagandas conseguem ser.
Mas o pior é uma propaganda que estou vendo na televisão há vários dias. A imagem mostra um menino, cabisbaixo, segurando um ursinho. Não lembro exatamente as palavras, mas o narrador diz algo como: “Por ser mal-criada, essa criança sofreu muito. Aos 5 anos apanhou pela primeira vez, aos 9 anos foi queimada pela primeira vez, aos 11 anos foi violentada pela primeira vez. Denuncie a exploração sexual de crianças.”
Como é que pode? Primeiro, repare que a primeira frase tem duplo sentido. Não dá pra saber se a criança foi mal-educada porque os pais e professores eram incompetentes, ou se foi mal-educada porque a própria criança não respeitou pais e professores.
Depois vem essa seqüência de atrocidades, dentre as quais já fiquei suficientemente chocado com as queimaduras. E o narrador diz pra denunciarem a (e apenas a...) violência sexual, como se as barbaridades anteriores não tivessem importância, e só aos 11 anos a criança precisasse de ajuda.
Devia haver protestos contra essa ausência de lógica que domina, não apenas propagandas e anúncios publicitários, mas também as letras de música. Tudo bem que devemos considerar a licença poética dos músicos. Mas tem uma música que toca há tempos nas rádios FM... Uma parte da letra traz a frase: “Você sempre não quis.” O pior é perceber que a frase só foi feita desse jeito para que a rima funcionasse no final da estrofe, porque “você nunca quis” não daria certo.
Já que comecei falando de supermercado, aqui vai outra pérola do comércio ponta-grossense: “Não tem pra ninguém: supermercado é Armazém!” Ora, se não tem pra ninguém, como é que as pessoas ainda vão até lá comprar? Quem foi que criou esse slogan? Engraçado foi há alguns meses... quando assaltaram o tal supermercado. Quer dizer que tinha pra alguém, afinal!
Um comentário:
hahaha boa!!
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