Nunca fui muito fã de estatísticas. Poderia simplificar, dizendo que isso ocorre porque matemática não é meu forte. Entretanto, sei que é mais do que isso. A verdade é que nunca acreditei em dados estatísticos, especialmente aqueles que procuram apresentar dados chocantes. Muitas vezes, são informações tristes, desesperadoras ou revoltantes. Mas não consigo me concentrar em nenhuma dessas três características. Quando procuro entender exatamente o que o cálculo diz, ou de que forma foi elaborado, invariavelmente acabo rindo discretamente.
Dado revoltante: ouvi num comercial de TV algo mais ou menos assim... “A cada 15 segundos, uma mulher é vítima de violência praticada pelo próprio marido.” Minha indignação com o fato não durou muito, porque então meu raciocínio lógico tentou adivinhar de que modo tal estatística foi estabelecida.
É óbvio que existem inúmeros casos de violência contra a mulher. Mas todos sabem que pouquíssimos casos de agressão chegam ao conhecimento, por exemplo, da polícia. A mulher raras vezes decide denunciar o esposo. Na maioria das vezes, a informação não passa da casa da vizinha que, meio sem querer, ouviu a briga do casal.
Teria sido uma enquete? “A senhora apanha do marido? Com que freqüência?” Não acredito que tal pergunta tenha sido feita por aí. E se tivesse sido feita, não atingiria dados como esse. Quinze segundos é o tempo, aproximado, que o tal comercial fica no ar. Imagine se isso for verdade! Não sou bom em matemática, já disse. Mas, faça os cálculos...
Uma mulher espancada a cada quinze segundos. Quatro mulheres agredidas por minuto. Duzentas e quarenta mulheres por hora. Cinco mil e setecentas mulheres em 24 horas! Como é que se chega a esses números?
Outro dia eu ouvi um psiquiatra dizendo que 10% da população possui algum tipo de distúrbio psíquico. Acho que ele se referia à população brasileira. Mas dez por cento não é brincadeira! A pacata cidade de Ponta Grossa possui cerca de 300 mil habitantes. Significaria que temos 30 mil pessoas com distúrbios mentais!
Não saia mais de casa, por favor. É pra sua segurança... Sempre achei que tem um pessoal estranho andando pelas ruas. Uns falam sozinhos, outros falam com qualquer um. E outros param em qualquer praça pública e berram para todos os que por ali passam. A porcentagem explicaria muita coisa. O engraçado é que qualquer um pode estar nessa estatística. Não sabemos o nível de distúrbio psíquico que o cálculo leva em consideração. Eu sei que pode incluir, por exemplo, coisas pequenas como medo de altura ou uma leve depressão.
Será que entre esses 10% de desequilibrados não estão alguns dos homens que batem nas esposas? Uhn... Nesse caso até que a estatística dos espancamentos foi modesta. É claro que existe uma possibilidade um tanto curiosa... Entre esses 10% podem estar incluídos os que criam tais estatísticas. E, nesse caso, os cálculos poderiam estar incorretos. E assim, terminamos no paradoxo de sempre. Estatísticas... ou você acredita, ou não. Depende, também, da fé de cada um.
Dado revoltante: ouvi num comercial de TV algo mais ou menos assim... “A cada 15 segundos, uma mulher é vítima de violência praticada pelo próprio marido.” Minha indignação com o fato não durou muito, porque então meu raciocínio lógico tentou adivinhar de que modo tal estatística foi estabelecida.
É óbvio que existem inúmeros casos de violência contra a mulher. Mas todos sabem que pouquíssimos casos de agressão chegam ao conhecimento, por exemplo, da polícia. A mulher raras vezes decide denunciar o esposo. Na maioria das vezes, a informação não passa da casa da vizinha que, meio sem querer, ouviu a briga do casal.
Teria sido uma enquete? “A senhora apanha do marido? Com que freqüência?” Não acredito que tal pergunta tenha sido feita por aí. E se tivesse sido feita, não atingiria dados como esse. Quinze segundos é o tempo, aproximado, que o tal comercial fica no ar. Imagine se isso for verdade! Não sou bom em matemática, já disse. Mas, faça os cálculos...
Uma mulher espancada a cada quinze segundos. Quatro mulheres agredidas por minuto. Duzentas e quarenta mulheres por hora. Cinco mil e setecentas mulheres em 24 horas! Como é que se chega a esses números?
Outro dia eu ouvi um psiquiatra dizendo que 10% da população possui algum tipo de distúrbio psíquico. Acho que ele se referia à população brasileira. Mas dez por cento não é brincadeira! A pacata cidade de Ponta Grossa possui cerca de 300 mil habitantes. Significaria que temos 30 mil pessoas com distúrbios mentais!
Não saia mais de casa, por favor. É pra sua segurança... Sempre achei que tem um pessoal estranho andando pelas ruas. Uns falam sozinhos, outros falam com qualquer um. E outros param em qualquer praça pública e berram para todos os que por ali passam. A porcentagem explicaria muita coisa. O engraçado é que qualquer um pode estar nessa estatística. Não sabemos o nível de distúrbio psíquico que o cálculo leva em consideração. Eu sei que pode incluir, por exemplo, coisas pequenas como medo de altura ou uma leve depressão.
Será que entre esses 10% de desequilibrados não estão alguns dos homens que batem nas esposas? Uhn... Nesse caso até que a estatística dos espancamentos foi modesta. É claro que existe uma possibilidade um tanto curiosa... Entre esses 10% podem estar incluídos os que criam tais estatísticas. E, nesse caso, os cálculos poderiam estar incorretos. E assim, terminamos no paradoxo de sempre. Estatísticas... ou você acredita, ou não. Depende, também, da fé de cada um.
Um comentário:
...ainda bem q vc não estava na minha turma de estatística,ia 'viajar' mais q o professor heheheh
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