Parece que ultimamente aumentaram as reclamações sobre a arbitragem nos jogos de futebol. E não têm, necessariamente, relação com as denúncias de compra dos juízes – a “máfia do apito”. O problema são os erros mesmo. O juiz que dá pênalti inexistente, o bandeirinha que não vê impedimento. Esse tipo de coisa.
Ontem meu pai dizia que, na sua opinião, os juízes deveriam receber punição rigorosa quando cometessem esses erros. Pelo menos quando fosse algo capaz de mudar o resultado de partidas decisivas em campeonatos, por exemplo. Quando ouvi seu comentário, lembrei de uma historinha que li num gibi, certa vez.
Devido aos erros dos juízes, Tio Patinhas contrata o Prof. Pardal para que invente um juiz infalível. Depois de algum tempo de trabalho, o Pardal cria um robô que faz o trabalho do juiz. No princípio, todos ficam maravilhados. O robô não erra. Assim, o novo juiz ganha o respeito de jogadores e torcedores.
Aos poucos, porém, os estádios começam a ficar vazios. As pessoas deixam de ir assistir aos jogos. Uma rápida pesquisa mostra que a razão do descontentamento está no novo juiz. Ele não erra, e isso deixa os torcedores frustrados. Não há mais pretexto para proferir xingamentos. Não dá para maldizer o juiz. Não existe dúvida quanto ao resultado e as discussões a respeito das partidas acabam se tornando muito chatas. Assim, todos percebem que os erros do juiz fazem parte do futebol. Parece que no final da historinha o robô era desativado. Lembro que tudo voltava ao que era antes.
Bem, não sei até que ponto uma HQ pode ser usada numa comparação com nossa realidade. Mas acredito que não existe a verdadeira intenção de acabar com os erros dos árbitros de futebol. Nós já temos tecnologia para isso. Não é preciso um robô. Normalmente, um minuto depois de um lance polêmico as câmeras mostram ao telespectador, em casa, se o juiz errou ou não. Bastaria que o juiz visse o lance polêmico pela televisão, para que confirmasse ou não seu julgamento. E esse tipo de operação duraria praticamente o mesmo tempo que leva uma discussão entre o juiz e os jogadores, logo após o mesmo lance duvidoso.
Tinha até um comercial na televisão... Depois de um lance duvidoso o árbitro telefonava com o celular para a mãe, que estava em casa assistindo pela TV. A velhinha informava, vendo o replay, se a falta tinha existido ou não.
Por enquanto o tira-teima dos computadores só fica à disposição do telespectador, não é acessível ao juiz. E acho que vai continuar assim por algum tempo. Mas também... os computadores falham de vez em quando. Eu que o diga!
Faz tempo que eu vou a uma mesma lan house no centro da cidade, sempre que a internet em minha casa não funciona. E em quase todas as ocasiões eu sou convidado a fazer um cadastro na loja. Mas recuso educadamente – porque não gosto muito de cadastros – e, assim, há mais de um ano vou ao mesmo estabelecimento me apresentando como visitante. Só que a funcionária já memorizou meu rosto e, no outro dia, quando eu saía do local, ela insistiu:
_Você vem sempre aqui, não é?
_Ahn... sim.
_Por que não faz um cadastro? Você ganha trinta minutos de acesso à internet.
_Uhn... tá bom. Você venceu. Na próxima vez que vier aqui, eu faço o cadastro.
Ora, a próxima vez foi ontem. E lá estava ela, atendendo do outro lado do balcão, diante de um computador.
_Hoje vou fazer meu cadastro! – eu disse.
_Legal! Vou precisar do seu RG.
_Tá aqui. – estendi o documento.
Depois de apertar algumas teclas do computador, ela parou e ficou em silêncio. Chamou o colega para mostrar algo no monitor. Em seguida, meio sem jeito, ela me transmitiu a informação:
_Parece que o sistema travou. Não vou poder fazer seu cadastro agora. Às vezes o computador não funciona.
_Ah, é verdade. É por isso que estou aqui.
Em seguida fui usar o computador número 33, onde mais tarde ficaria preso o meu disquete.
Ontem meu pai dizia que, na sua opinião, os juízes deveriam receber punição rigorosa quando cometessem esses erros. Pelo menos quando fosse algo capaz de mudar o resultado de partidas decisivas em campeonatos, por exemplo. Quando ouvi seu comentário, lembrei de uma historinha que li num gibi, certa vez.
Devido aos erros dos juízes, Tio Patinhas contrata o Prof. Pardal para que invente um juiz infalível. Depois de algum tempo de trabalho, o Pardal cria um robô que faz o trabalho do juiz. No princípio, todos ficam maravilhados. O robô não erra. Assim, o novo juiz ganha o respeito de jogadores e torcedores.
Aos poucos, porém, os estádios começam a ficar vazios. As pessoas deixam de ir assistir aos jogos. Uma rápida pesquisa mostra que a razão do descontentamento está no novo juiz. Ele não erra, e isso deixa os torcedores frustrados. Não há mais pretexto para proferir xingamentos. Não dá para maldizer o juiz. Não existe dúvida quanto ao resultado e as discussões a respeito das partidas acabam se tornando muito chatas. Assim, todos percebem que os erros do juiz fazem parte do futebol. Parece que no final da historinha o robô era desativado. Lembro que tudo voltava ao que era antes.
Bem, não sei até que ponto uma HQ pode ser usada numa comparação com nossa realidade. Mas acredito que não existe a verdadeira intenção de acabar com os erros dos árbitros de futebol. Nós já temos tecnologia para isso. Não é preciso um robô. Normalmente, um minuto depois de um lance polêmico as câmeras mostram ao telespectador, em casa, se o juiz errou ou não. Bastaria que o juiz visse o lance polêmico pela televisão, para que confirmasse ou não seu julgamento. E esse tipo de operação duraria praticamente o mesmo tempo que leva uma discussão entre o juiz e os jogadores, logo após o mesmo lance duvidoso.
Tinha até um comercial na televisão... Depois de um lance duvidoso o árbitro telefonava com o celular para a mãe, que estava em casa assistindo pela TV. A velhinha informava, vendo o replay, se a falta tinha existido ou não.
Por enquanto o tira-teima dos computadores só fica à disposição do telespectador, não é acessível ao juiz. E acho que vai continuar assim por algum tempo. Mas também... os computadores falham de vez em quando. Eu que o diga!
Faz tempo que eu vou a uma mesma lan house no centro da cidade, sempre que a internet em minha casa não funciona. E em quase todas as ocasiões eu sou convidado a fazer um cadastro na loja. Mas recuso educadamente – porque não gosto muito de cadastros – e, assim, há mais de um ano vou ao mesmo estabelecimento me apresentando como visitante. Só que a funcionária já memorizou meu rosto e, no outro dia, quando eu saía do local, ela insistiu:
_Você vem sempre aqui, não é?
_Ahn... sim.
_Por que não faz um cadastro? Você ganha trinta minutos de acesso à internet.
_Uhn... tá bom. Você venceu. Na próxima vez que vier aqui, eu faço o cadastro.
Ora, a próxima vez foi ontem. E lá estava ela, atendendo do outro lado do balcão, diante de um computador.
_Hoje vou fazer meu cadastro! – eu disse.
_Legal! Vou precisar do seu RG.
_Tá aqui. – estendi o documento.
Depois de apertar algumas teclas do computador, ela parou e ficou em silêncio. Chamou o colega para mostrar algo no monitor. Em seguida, meio sem jeito, ela me transmitiu a informação:
_Parece que o sistema travou. Não vou poder fazer seu cadastro agora. Às vezes o computador não funciona.
_Ah, é verdade. É por isso que estou aqui.
Em seguida fui usar o computador número 33, onde mais tarde ficaria preso o meu disquete.
2 comentários:
Oi Danilo, tô até meio sem jeito de escrever, mas quero dizer que esse texto dos erros está muito, mas muito bom.
Os computadores têm uma capacidade incrível de despertar uma ira gigantesca em certas pessoas...eu sou uma delas....
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